Incerto!

Talvez não saiba o que sinto.

Talvez não queira aceitar o que sinto.

Talvez fuja do real em busca do imaginário.

Talvez imagine uma perfeita realidade.

Talvez creia que tudo é perfeito.

Talvez, talvez, talvez...

Certo de que nada é gratuito.

Certo de que tudo é único.

Certo de que amar é entrega.

Certo de que vivo na realidade.

Certo de que a distância existe.

Certeza, certeza, certeza...

A única que todo ser humano:

vive, respira, sente, ama.

Vive na ilusão do amanhã,

na certeza da vida,

na busca do amor,

na intensidade viva.

Respira ao amanhecer

buscando sentir-se vivo

pronto para a realidade.

Sente cada parte do seu corpo,

sente-se parte de uma cadeia

viva de corpos que se buscam.

Sente-se humano.

Ama incondicionalmente

como se o amanhã não existisse.

Talvez seja essa

a certeza da nossa capacidade humana:

viver, respirar, sentir, amar.

Rogevanio Alves Santana
Enviado por Rogevanio Alves Santana em 19/07/2005
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