Confabular

Queda o ser, o céu desmancha

A alma se banha no breu, incrédula!

O âmago dilacera acolá...

A linha do tempo se parte, ele vaga...

A humanização á contra gosto é pra metade

Acostumada às fábulas

A escassez da flama sem o brio daquele horizonte

Estrela derradeira noutro lugar

A noite reina cegando a fera enjaulada...

A fé é em voz, poesia ressalva

Das historias e suas reticências

Sem limite a imaginação e seus pesares...

"Mas não dos gemidos vorazes

Bicho é pedra bruta pra lapidar".

Pobre poeta na contradição!

Em frangalhos passa anonima

A surdina leva o Martin em seu seio...

Lançou a taça ao poço

Encheu-a!

Da procela que lhes rasga a garganta

Fere ríspida, embarga dessa vez mortal!

Ele desaba no amar tempestuoso

Burilando o seu ventre boreal vazio

Delírios ainda murmurantes entre os seios

Mas, é tarde, entornou- a!

Deitas entre um e outro zumbido

Fecha os olhos, os ouvidos se calam...

A garganta se aperta...

- Em algum despertar ha de ser transparente

Tomara durma eternamente

DeVera de coisa alguma...

*Vera Lúcia Bezerra Freitas

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 24/03/2012
Reeditado em 04/04/2012
Código do texto: T3573168
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