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DESOLAÇÃO

Caminhos que vêm,
caminhos que vão,
distantes do coração,
parece desaparecem
enquanto vago sozinho,
triste, errante passarinho,
a procura de um abrigo.
Tu, já, não estás comigo,
duro é, porém verdade.
Neste meu peito em pedaços
o que habita é o cansaço:
falta ar, me falta a vida,
a felicidade é perdida...
amarga realidade.
Estrada cheia de arestas
me deixam os pés feridos,
preciso de alguma ajuda.
Você que passa, me acuda,
escuta, não tampa os ouvidos,
porque, a mim, nada mais resta.

Meu grito se perde no espaço.
Não tenho a ti, nem teus braços.

                     Para o belíssimo poema "Descaminhos" de Deley
             www.recantodasletras.com.br/poesiasdetristeza/3569855