ANDAR DISTRAÍDO

Andava distraidamente

Por ruas que desconheço

Em dias que não me lembro

Sorria inocentemente

A enfeitar-me um adereço

Nem de ouro ou de prata

Nem outro material que reconheço.

Mas os deuses conspiraram

E uma tragédia aconteceu...

O sorriso me roubaram

E a alegria se perdeu.

Hoje, a tristeza me acompanha

Por mundo estrangeiro

De gente estranha.

A lua que antes refletia

A doçura do sorriso

Que nunca se escondia

Atrás de nuvem ou montanha

Já não nasce

Nega-me abrigo

Na terra me abandonastes

Sem alma e sem face

Com a vida em perigo.

Dany Ziroldo
Enviado por Dany Ziroldo em 24/01/2007
Reeditado em 17/12/2008
Código do texto: T357597
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