Maldade

É de perder de vista essa minha maldade,

eterna é a vontade de fechar aquela porta,

de me cobrir com uma coberta,

de não olhar prá trás.

Mas não basta essa coragem,

de pôr em prática essa maldade,

de me realizar,

é preciso um álibi,

que me dê liberdade,

que irá proporcionar,

uma fuga segura,

sem vertigens nem tonturas,

para que eu possa escapar.

Cruel é o meu instinto,

de saber e já pressinto que não perderei prá ninguém,

pois a minha vontade está atrelada à coragem,

de fazer uma maldade e ir mais além.

03.09.98