Manifesto à noite

Fico perto da esfera

nessa noite que erra.

Fúria abrupta, ave noite

a vida flui, erra, impera.

Nem pouco, nem muito

fico assim comovido

parado na estação

querendo descer do mundo.

Ave noite! A morte acera.

O coração é quem diz

mesmo sem estar comovido

como quem fica perdido.

Ave noite! A morte acera.

Quando a vida não impera

fico perto da esfera

nessa noite que erra.

Quando digo que impera

não quero dizer que erra,

mas que tudo se constela,

pois a noite é a morte

norte pobre sem suporte

o fim que tudo acera.

Este poema está no meu livro "À procura da poesia".

Leon Cardoso
Enviado por Leon Cardoso em 27/03/2012
Código do texto: T3578416
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