As Águas Vão e Voltam...

As águas vão e voltam...

Tem vez que a turbulencia nos leva profundo

É gélido não saber navegar

Ou só, afogar sem sentir o inchaço dos pulmões

Sem o ar dos lábios que o faça retornar ao depois

EU sempre pedi ao mar enormes ondas...

Sem pesar o meu corpo

Sem medir a embarcação

Pedi o céu e as constelações...

Eu lancei culpa aos dias de chuvas

E sobre o chicote das inconstâncias...

Pedi ao poema uma taça suada das mãos de um Anjo

Implorei a marca de sua boca em flamas...

Pra Deus, eu roguei outra alma...

Soubesses entre Ele e eu as falas...

Soubesses...

Foi um infinito que parecia ainda mais distante!

Então; tornei-me poeta

Por hora, apenas papel e tinta

E este poema navega voltando...

Chuva é barulho de fartura no campo

Neste Rio, peixe é o milagre da vida

Todo Janeiro é bom!

*

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 27/03/2012
Reeditado em 04/04/2012
Código do texto: T3579994
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