Há, Ainda, Esperança
A cada passo vejo um mundo diferente
De pessoas e animais lindos e pacíficos
De animais e pessoas feias e doentes
De um tudo quase destruído completamente
A cada notícia uma provável decadência.
Em corpos empilhados, corpos e mentes,
Nas cinzas de tudo ao chão. A iminência
Do holocausto, da raça humana, impaciente.
Não, não estamos caminhando ao abismo.
Encontramo-nos num estágio mais avançado.
Já estamos a meia queda, e convimos
Que a cada segundo, num ritmo mais acelerado.
E tem alguém que também já saltou, vem por último.
Desprendeu-se do chão, medo da solidão, por insegurança
Tentaram iludi-la, prendê-la em algo ilúcido,
Mas não agüentou e pulou, a pobre esperança.
E sua última palavra? “Ufa!”.