DEVASSA

Não preciso mais ir;

Olhar o fogo,

Deixa a luz no lugar.

Não preciso mais reclamar.

A morte substituiu a dor,

A saudade pactua com a hora.

Não sei mais do rumo,

Por um segundo,

Aprendi, que viver,

Também é chorar.

Não recordo o dia,

Visto que a noite,

Não é capaz de merçar,

A devoção da solidão,

Que nos oferece os braços,

Num escuro comum,

É a lei do deserto...

Absinto no lugar de água,

Que fere a boca,

Usando o que não se pode mais usar.

Você não abrirá mais a porta,

Mas sei, que estarei lá.

Procurando a resposta,

Pra essa tristeza ocupada.

Querendo dizer, a bem da verdade,

Que sou hoje um vazio sem lar,

Rebelde esperando pela clemência de uma dor sem cura.