Madrugada Fria

Quintal dos flamboyants

Floripondios e laranjeiras

Trago a prosa ao reverso

Guarda sombra pro teu rosto

Se mostrar em outro verso

Talvez use um chapéu de brim

Sombreiro desse jardim

Flores de Maio, meu início de Janeiro

És os Sois dos sonhadores, a sombra nos corredores

Donde deita tua procela, este poema não dorme

E sobre vivente, amanhece

Madrugada conspira dores, cama e dona, dor inverso

Vem um tanto atrevida e desalinha os sentidos

Me arranca tais gemidos!

Desmonta e remonta a idéia pro outro verso

Ah! Fragrâncias do canteiro

Deixe apenas um encanto

"Uma flor sobre a saia que imanta"

Na madrugada tão fria

Fica a dor "saudade"... E você, se vai... (?)

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 29/03/2012
Reeditado em 31/03/2012
Código do texto: T3583813
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