SUAVIDADE ENDOIDECIDA

Que preencham todos os espaços os trejeitos do palhaço!

Que acabe conosco aos poucos o tino dos loucos!

Que riamos até doer a pança

Com a suavidade endoidecida de uma de suas danças!

Que o ritmo da sua disritmia,

Ignorando antigos “traços” de outros rastros,

Esteja no compasso dos nossos passos!

Que nos “manche” com a tinta que se pinta!

Que nos respingue com todas as cores possíveis e misturáveis, a alma!

Pra que as sensações agradáveis existam, plenamente, uma a uma,

Com a devida sofreguidão daquela calma!

Que nesse leque de simplicidades coloridas,

Saia repleta de outras possibilidades a nossa vida:

Só assim pra que resgatemos, de improviso,

O tão ensaiado sorriso!