Olhares e Outros

Olhares e outros insones

O semblante

Arqueia como lua crescente

Por cá correm bichos revirando estas nuvens

Deusas, anjos ou dragões

De cabelos engraçados... reconfiguram

Os pés querem pular á frente, ultrapassar

A distancia que trans figura imagens

E para vedes pó de estrelas

Em cordilheiras sobre os cílios

Inquietude, que falta pouco condensar...

E fragmentar no ar...

Sem pernas que te sustentes

Enquanto afina a calda, sacodes as penas

Entronando as cenas

Contra regras descompassam

Espaçam-se no palco, Zapt!

Tanto é tanto, fazem, desfazem!

Cortinas despem torno zelo

E no assoalho nú

“Valem destro, ou distorcidos atos”

Para as mãos, banquetes!

Que copulam sobre o elenco

Alento de alcaçuz que após ata

Mordo á dentes alvos

Já robusta de salivar encantos

Beijo ato.

Vera Lúcia Bezerra Freitas
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 01/04/2012
Reeditado em 04/04/2012
Código do texto: T3589122
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.