Vida Curta, Justa?

A memória bem que podia ser

Um violão sem cordas

E este coração não faria tanto barulho...

Quem haveria de tocar a canção da saudade

E torná-la tão doce quanto a tua presença?

“Isso digo a mim, pois de eu para ti, o que sei”?

Até parece que a ausência tem coro barulhento

E tem! É como um açoite de frio

Invadindo e arranhando o meu físico

Desconsolando o meu espírito

Desgovernando a minha mente

Para que eu me sinta

Invisível até na lembrança de

Quando estive diante à Íris dos teus olhos

E dito assim, não me ver em cores...

A distância podia ser bem mais curta

Mais justa iguais as saias em uso

Enquanto eu menina cá ainda está...

E esta boca de noite, podia não parecer

Com um labirinto fúnebre

Quando me perco de você

Quando sei que nela insisto pirilampo...

A mesma memória também podia não conspirar

E falar mais alto do que a tocaia dos depraves

Dos chamados do corpo, para com eu...

EU, bem que podia dormir

Não mais acordar, e esta dor não sentir...

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 04/04/2012
Reeditado em 04/04/2012
Código do texto: T3593216
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.