Vida Curta, Justa?
A memória bem que podia ser
Um violão sem cordas
E este coração não faria tanto barulho...
Quem haveria de tocar a canção da saudade
E torná-la tão doce quanto a tua presença?
“Isso digo a mim, pois de eu para ti, o que sei”?
Até parece que a ausência tem coro barulhento
E tem! É como um açoite de frio
Invadindo e arranhando o meu físico
Desconsolando o meu espírito
Desgovernando a minha mente
Para que eu me sinta
Invisível até na lembrança de
Quando estive diante à Íris dos teus olhos
E dito assim, não me ver em cores...
A distância podia ser bem mais curta
Mais justa iguais as saias em uso
Enquanto eu menina cá ainda está...
E esta boca de noite, podia não parecer
Com um labirinto fúnebre
Quando me perco de você
Quando sei que nela insisto pirilampo...
A mesma memória também podia não conspirar
E falar mais alto do que a tocaia dos depraves
Dos chamados do corpo, para com eu...
EU, bem que podia dormir
Não mais acordar, e esta dor não sentir...