SEXTA FEIRA SANTA

A aragem cicia confidências

Na tarde muda de espanto,

Murmuram vozes penitentes

O nome de Jesus,

Como outrora as santas mulheres

Junto ao pé da santa cruz.

E uma ignara interrogação

Fere as fronteiras da razão;

E como o metal de sino, ferido,

Fica-se a reverberar

Sentenças sem sentido.

-Foi por causa da ordem quebrada,

Do céu uma voz brada:

Divina e pura tem que ser a criação,

Portanto,

Tudo tem que ser perfeito e,

Santo...

Deus se fez homem como nós,

Carne, ossos, coração,

E para nos redimir do pecado

Se deixou morrer, crucificado;

Bom Jesus para sempre sejas louvado.

Eduardo de Almeida Farias
Enviado por Eduardo de Almeida Farias em 05/04/2012
Reeditado em 05/04/2012
Código do texto: T3595864