Mata-me
E esfrias o quente, matas o cuidado.
Sufoca a atenção, qual cão, qual expulso cão,
Sigo enxovalhado, baixo, quieto, mal interpretado.
Se eu pudesse correr, fatalmente tropeçaria.
Diante de tantas pernas e verdades no caminho.
Chega o fim que é o bastante,
Vendo-me assim, padrão de medo invisível,
É que tenho em mãos o perdido elo, diante das conquistas e vitórias do passado.
Você me mata.
E eu não me defendo.
Mata-me.
E eu não a compreendo.
Mata-me.
E eu continuo vivendo.
Brinquedo boneco.
Feito para morrer,
Para você eternamente matar.