Luta Contínua

Vive-se lutando – guerreiro diário.

Acorda-se.

Pega-se as armas diurnas

e parte-se para a batalha.

Lata, luta, luta-se.

Não há descanso:

desde o ventre materno

participa-se desta luta contínua.

Dorme-se.

Descanso?

Não. Luta-se em sonho também.

Às vezes se vence – doces sonhos.

Às vezes se perde – angustiantes pesadelos.

Emaranhado amém.

Luta-se com as armas noturnas.

SATURNO.

São vinte e quatro horas de luta continua.

Não há descanso.

Haverá quando morrer?

É a morte uma vida sem pesadelo?

Quantas lutas teremos que lutar?

Haverá descanso?

L.L. Bcena, 18/10/2000

POEMA 790 – AMOR DORMIDO E SONHADO.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 07/04/2012
Reeditado em 26/07/2012
Código do texto: T3599714
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