Nanda
Lá está ela. Sentada no chão, olhando pro nada. Apenas ali, sentada.
Ninguém consegue decifrar seus pensamentos, só a observam.
Intrigados, eles passam por ela, e ao que menos esperam, ganham um sorriso.
Ela pega o violão.
Entre acordes e harmonias, a melodia mais perfeita é composta.
Talvez nem tão perfeita, pois a perfeição não é seu objetivo.
Cada corda tocada emite um som diferente. Mas não são simplesmente sons.
São a sua alma.
Não quer que todos a olhem, e sim que escutem o que tem a dizer, a tocar.
Através da música sua personalidade é exibida, e outras personalidades são criadas só por diversão.
Criar, se divertir, se reinventar, faz dela a pessoa que é.
Uns acham engraçado e a admiram por isso. Outros só observam.
As pessas que a conheceram vão lembrar, de algum jeito, mas vão.
O tempo vai passando, mas o que importa é o presente.
Àquele momento ela dedica seus minutos.
Não pensa se deveria estar ali ou não.
Está.
Sentada com seu violão, agradecendo o que tem nas mãos.