Poema-Prozac ou Força

Chega de palavras frágeis

elas me incomodam

viva a palavra-força

com todas as suas redundâncias e

irredutibilidades

certezas e veemências

dedos em riste, pontapés e irresponsabilidades

transbordamentos de palavras, virilidades

fora de lugar.

Viva a força, palavra-viva

e toda a sua carga de sentido

um transplante de certeza para

a minha moribunda angústia.

Viva, enfim, o poema-forte

e toda a sua ilusão paliativa

que traz consigo tal como

um poema-prozac: parede utópica

para aqueles que sorriem, precipício

para os que pensam.

Lasevitz
Enviado por Lasevitz em 27/01/2007
Código do texto: T360697