Calabouço da Dor

Percorro caminhos já devastados por guerras incessantes do meu inconsciente tão eloquente,

Atravessando desertos me deixando inquieta, sem nenhuma saída, me sento reprimida;

Vagando em pesadelos atordoados, fui presa no ato no calabouço da dor;

Em varias direções as setas me mostram, trilhas sombrinhas de um silêncio sem fim;

Marcada fiquei por tua insensatez de não querer aceitar o que o coração nos aprontou;

Agora de fato olhando o passado não pude resistir em querer fugir;

Marcada pela vida, toda reprimida vou buscando um teto, uma força feroz;

Resignada quero atirar as mordaças a quem me feriu, que me levou ao chão e me deixou como troca e infeliz solidão.

Edeneide Xavier
Enviado por Edeneide Xavier em 16/04/2012
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