Toma-me
Toma-me
Toma-me
Nas mãos, meu corpo
Como os grandes homens
Bebe-me, a alma
Reveste meu corpo
Lado a lado
Ponto a ponto
Preencha minha epiderme
Cola,
Tua pele a minha
Vista-me
Na ventura da palavra amor
Mais que isso
Ama-me, mais,
Da forma que alguém jamais amou
E como tua amante
De súbito
Degusta-me
Nos lábios que mendigam seu amor
Acolha-me
Em teus braços
Tu és
A grande estrela que se revela macio
No meu palmar sombrio
Agora amena ao longe acaricio minhas dores
E ressurjo da sepultura aos cálices de vinho
Na madrugada nua
E rouba-me
O tesouro que sonhei
E vela-me
No olhar ardente que me acalma
E a chama vive na essência do perfume
Nas confidências ternas
Pois a beleza esquiva a caminho da velhice
Mas o amor, verdade sobre o sepulcro,
Este
Perpetua.
Magaly