CASOS DE AMOR

Minhas vísceras

Aprofundadas no mercúrio da vida

Simbolismo que marca simetria

E o que mais gosto nos morangos

São as sementes que se mastigam

A fome até espera,

Um pedido de ajuda não

A conheci numa tarde de outono

Brindando meus olhos

Num forçoso acordo semi-facial

O transtorno, o ápice, o brejo

A virtude, o sufoco, o leve, flutuante

Amor

Viestes com diversas faces, não minto

Te amo

Mas temos que viver distantes

Somos a lua e o sol,

E o céu

É nosso segredo intermitente.

__

Extraído do livro: MÁQUINA DO VENTO, disponível para download na seção e-livros.