CORAÇÃO DE SERTANEJO

Vento que sopra quente

Levanta poeira em redemoinho

Olhos aflitos a contemplar

Vermelhidão do sol

A se derramar

Terra seca em desenhos

Broto abortado

Tristeza de morte

Coração sangrando

Em retirada

Beija o chão

E parte

Ave de arribação

Assim é a história triste

Do nosso sertão.

Marlene Araújo A POETISA
Enviado por Marlene Araújo A POETISA em 18/04/2012
Reeditado em 14/02/2017
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