Poema Aveludado*

 
Amalgamada no papel, a paisagem, sépia,
De tons fortes e cores de farta suavidade
Pinta, no horizonte, camadas de fim de tarde
Onde o sol, quase posto, ancora no infinito do céu...


A terra, avermelhada e rubra, projeta sombras
Transformando as cores gotejadas pelo pincel,

Numa aquarela feita de folhas, sombras e traços -
Camadas de sonhos desenhadas pelo astro rei...
 
Os pigmentos formam um poema aveludado
Cuidadosamente orquestrado pela artista
De mãos hábeis e traços abençoados -
Alquimista que transforma cenas da vida
Em um mantra de rara beleza e arte.

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Quando o dia
Fecha suas cortinas
Para receber a noite,
A natureza, em festa,
Se deixa banhar
Pelos raios mornos do sol
Que, abraçado a terra ,
Despede-se,
Para deixar a lua brilhar...
 

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Entardece...
O sol projeta sombras
Na terra vermelha
E pinta no céu
Uma tela de saudade
Chamada crepúsculo
 
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Belas e esguias
Deitam-se as sombras
Na terra avermelhada
Anunciando o fim do dia...



*Poema publicado na Revista 15 do ICOP (Instituto Cultural do Oeste Potiguar) em Homenagem aos 100 anos de Marieta Lima. Os demais foram tentaivas feitas até chegar ao publicado. A poesia foi inspirada na tela de autoria da artista plástica homenageada. 


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Com David Leite, Aécio Cândido, Clauder Arcanjo (Presidente e Ex-presidente do ICOP) e Francisco Rodrigues.



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Com Raimundo Antônio


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   Com Marcos Antônio e Mário Gerson.


Fotos tiradas na noite do lançamento da Revista
Ângela M Rodrigues O P Gurgel
Enviado por Ângela M Rodrigues O P Gurgel em 21/04/2012
Reeditado em 21/04/2012
Código do texto: T3625839
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