Poema caprichoso

Não adianta tentar o poema extrair

Do lugar em que ele está

Ele tem vida própria e para sair

Não obedece ao comando do poeta.

É preciso esperar por sua decisão

Pois o poema é um ser caprichoso

E quanto mais se quer a sua revelação

Mais ele se esconde.

E nesse jogo de esconde-esconde

Quem vive a buscá-lo

Na certa nunca há de encontrá-lo.

Portanto, não tentemos, verso por verso,

Procurar o poema. Quando ele quiser

Há de se nos mostrar por inteiro.

Cícero – 18-07-05

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 22/04/2012
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