Poema da solidão

Talvez nunca irá guardar meu nome “agui”

Esculpido na cama da sepultura como vivo

Como quem traduziu as paixões mais inúteis

E nem que ouviu meu nome dizer que te amava

Ver e ler o que eu tinha para falar ainda e não calou

Compras por mil jardins os livros dos famosos

Para ouvir que a dor ainda existe e que o amor fere

Na sua talentosa forma de conceber ao que clama

E pensas! Não fazemos nós a mesma coisa vã

Anônimos caminhando sobre a afeição perdida

Não estamos nós na mesma beleza do pudor

Com os olhos da solidão em cada página escrita

Escavando com a paixão os nossos versos ínfimos

O que só o nosso amor é capaz de conhecer.

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