Poema do verso
O teu cheiro ainda é minha carta
Renasce em minhas mãos teu rosto
Relembrando entre as folhas, tu.
A me olhar com fartas rosas
Vou percorrendo todo seu corpo
Em torno de despi-la despertamente
Paro; e tão perto te sinto e amo
Como se numa fossem duas vidas
Paixão, tão pouca dor! Quisera
Tanto ir e vir, tanto! E ando
E de tão próximo nunca parto
Paixão, sonhos e preces seguidas
O perfume preso nos nossos corpos
Perdido no súbito riso da noite.
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