Couro Duro

Couro Duro

Nem pó na poeira de redemoinho,

Nem parto prematuro.

É natural que eu acalente sonhos

Sobreviva aos desenganos

No couro duro do meu corpo

Carrego calejo nas mãos

No calcanhar de osso duro

E rôo o inconsolável abstrato coração

Entre cinzas que percorrem o tempo

E meu corpo pedra arde e explode em mim

Na secreta, mas humana, vontade de existir.

E meus olhos andarão pelas ruas

Regando as sensações,

Perdendo-se as sombras da madrugada

E tudo está em mim

Quando junto nas porções

E faço do mundo um inteiro.

Magaly

carla diniz
Enviado por carla diniz em 30/01/2007
Código do texto: T363468