Roma

Estou em desacertos;

Não consigo me libertar.

Em meu peito há dor,

Em meus olhos um certo palor

Uma luz vazia.Enquanto tento entender melhor o amor.

Não sei, mas no meio da sala estou orquestrado,

Estou vidrado,

Estou tentado dizer para o mudo sumir.

Não sei ao certo, se sou deus ou demônio, pois que vivo você,vivo sem querer, vivo e não deixo viver.

Não queria te deixar partir.

Não queria.Pois sem pensar já morri.

O teu lugar é aqui.

Ah! mais ainda não me decidi.

Assim,o céu, como disse antes vai parecer um inferno.

E o tempo, verbo das horas não espera,não espera.

Você também tem pressa e o futuro está bem alí só na espreita.

Não adianta fugir,

Não adianta mentir...

Não adianta orar, fazer promessa e não cumprir.

Se o meu sentimento é mensageiro,

Se o meu amanhã não é verdadeiro...tudo será um passo ao imenso abismo.

Ah meu amor!...Se não fosse por você eu não estaria tão ensandecido.

O pior, é que a dor da gente passa, mas eu parece que quero viver a desgraça, a desgraça de sempre sempre te amar.Que falta de juizo.

Juizo...alguém para me julgar,

Pois que me amar, não tenho como negar.Você mesma vive a me exaltar, com palavras, ações e um desejo sem fronteiras.

Só que agora, bem sei, não tens como me salvar.O terreno é longe, a distância, o descrédito, os meus erros e a alma ferida são passageiros dessa tua saudade, que não para de me negar.

Estou seco...Sem rio, sem vida, sem braços e alma.

Mas preciso caminhar aceitando essa ferida aberta a latejar.Afinal esse corpo em chagas fui eu quem, com essas mãos se atreveu criar.

Meu amor...que essa dor não seja eterna.

Alberto Amoêdo
Enviado por Alberto Amoêdo em 30/01/2007
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