Silêncio*
mariposas calai o voo incerto
cessai co’esse barulho na vidraça
meu amado chegou e está tão perto
e como é bom o jeito que me abraça
na boca tenho a sede de um deserto
tal a fome de beijos que não passa
e um desejo sensual enfim liberto
que segue sem licença qual devassa
silêncio para ouvir a pulsação
o caminho do sangue que incendeia
silêncio pois só nele as almas vão
viver em plenitude as horas cheias
e quem sabe encontrar a remissão
da esperança que o sonho ali semeia