NA NOITE QUE ENCANTA ...
Na noite que encanta
a ideologia canta
a canção de paz.
O verme esmaga
a mágoa que se faz,
fruto do sonho que afaga
a alma voraz.
Cinco palavras
fazem uma canção,
cinco minutos atrás
morria um coração.
O gesto calmo no olhar sincero
na noite fria
em que te espero,
transmite a mágoa que outrora eu sentia
e de repente
me destrói a mente
e apaga toda a razão.
Mortalmente,
me induz à destruição,
de minha alma e da minha mente.
Noite cansada, lua cheia,
o rosto vagueia,
solidão pura.
E almas humanas
choram em desespero, lutam com bravura
com armas negras e mundanas.
Sacramentado está o objeto
desta memória,
não é um simples dejeto
abandonado na sarjeta da história.
A alma é a parte soberana
arma que se usa
contra o medo que emana
do sórdido delíro de quem abusa.