NA NOITE QUE ENCANTA ...

Na noite que encanta

a ideologia canta

a canção de paz.

O verme esmaga

a mágoa que se faz,

fruto do sonho que afaga

a alma voraz.

Cinco palavras

fazem uma canção,

cinco minutos atrás

morria um coração.

O gesto calmo no olhar sincero

na noite fria

em que te espero,

transmite a mágoa que outrora eu sentia

e de repente

me destrói a mente

e apaga toda a razão.

Mortalmente,

me induz à destruição,

de minha alma e da minha mente.

Noite cansada, lua cheia,

o rosto vagueia,

solidão pura.

E almas humanas

choram em desespero, lutam com bravura

com armas negras e mundanas.

Sacramentado está o objeto

desta memória,

não é um simples dejeto

abandonado na sarjeta da história.

A alma é a parte soberana

arma que se usa

contra o medo que emana

do sórdido delíro de quem abusa.

ERMINIO SEVERO
Enviado por ERMINIO SEVERO em 01/02/2007
Código do texto: T365844
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