Lermontov




Adeus Rússia, ou qualquer país,
como nuvem, nem pátria nem chão.
Um gosto de despedida sempre acompanha,
cada sulco marcado no céu ou na canção.

Vazia a mente que mal falava,
agora cheia de instrumentos de medição,
entende o mal, no peito cravado,
mas não alivia a esquerda situação.

Há muito, pra longe fui embora,
ficando este que escreve, meu irmão.
Deixei de ser uma óbvia sucessão de teoremas,
Pra me tornar uma longínqua condição.





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Imagem: Mikhail Lermontov, poeta russo (1814-1841)
EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 10/05/2012
Reeditado em 10/05/2012
Código do texto: T3660830
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