Ocaso

Não tenho pressa

Quando estou sentado

Do outro lado

Nada interessa

O sol no ocaso

Laranja-vermelho

Mostrando ao acaso

Figura de espelho

Que vai refletir

Só no outro amanhã

No amanhã do porvir

Quando a tarde chegar

Eu lá vou sentar

E ficar sem ação

Quando o sol já então

Começar a baixar

E nesse espetáculo

Das cores fusão

Vou estar no pináculo

Do morro então

Outra vez bem de perto

Estarei eu sentado

Do outro lado

Daquela cidade

Onde a saudade

Mistura-se então

Com a imensa visão

Do sol no poente

Que aos poucos se vai

Dando a volta bem rente

Caindo e levando

Claridade e calor

E também tanto amor

De pessoas assim

Que de amor são afim

Por isso interessa

A falta de pressa

De o ocaso deixar

E continuo sentado

Lá do outro lado

Só me levanto a hora

Que o vermelho laranja

De preto se arranja

E deixa de fora

A saudade de agora

Mas amanhã estarei

Lá de novo sentado

Do outro lado

E a falta de pressa

Essa não interessa...

Allves
Enviado por Allves em 13/05/2012
Código do texto: T3665599
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