2012 - O RETORNO DA SECA

“A História Continua”

Poeta Cypriano Maibondo – 19 de maio de 2012 – cmgtpoeta@yhoo.com.br

Cypriano Maribondo Galvão da Trindade, (Poeta Cypriano Maribondo). Nordestino, com muito orgulho, antes de ser brasileiro, natural de Campina Grande na Paraíba e residente na cidade de Natal no Rio Grande do Norte, conheceu durante a sua infância e juventude, no período das férias escolares,alguns municípios da região do Curimatau da Paraíba como Picui, Cubati, Pedra Lavrada, Sossego, Barra de Santa Rosa e do Seridó do Rio Grande do Norte como Currais Novos, Acari e Caico, onde por algumas vezes, se sentia os efeitos da seca, não era tão drásticas como as de hoje, mas o uso político deste fenômeno por políticos e candidatos nos âmbitos municipal, estadual e federal, que sempre conseguem trocar promessas por votos em anos eleitorais. Este é o motivo de ter escrito esta poesia.

Nordeste brasileiro, eu estou de volta.

Não adianta, contra mim, querer lutar.

Enquanto me trataram com indiferença

Eu retornei, estou aqui, cheguei para ficar.

Até as obas transposição do Velho Chico

A solução em prosa e verso, tão cantada.

Que o governo não consegue terminar.

Fortaleceu a minha fúria, estou indomada.

Confesso, nestes anos em que estive ausente.

Transformei-me, estou forte, mais ousada.

Sequei açudes, riachos, barreiros, cisternas.

Deixei a lavoura de subsistência, arrasada.

Matei as criações dos caprinos e bovinos.

Já não tem pasto, para os bichos, alimentar.

Para o sertanejo nordestino, cabra da peste.

Até água boa para beber já comecei a secar

Esta nova paisagem, é a grande realidade.

Que o meu retorno trouxe hoje para nordeste.

Enquanto falam sobre mim nos gabinetes.

Torno-me forte, cresço, eu viro uma peste.

O bravo povo nordestino que está cansado.

Da política de emergência em ano de eleição

Deixou de acreditar em mentira de candidato

Para o eleitor nordestino basta de enganação

Neste ano de dois mil e doze, aqui no Brasil.

Os eleitores, seus novos prefeitos, vão eleger.

Os candidatos fazem promessas de campanha

Queira DEUS que sejam cumpridas para valer.

Mais como vemos nos exemplos anteriores.

Todas estas promessas, uma suave brisa levar.

Será que o candidato agora, depois de eleito.

Confirme que a promessa foi para nos enganar.

Enquanto os políticos nordestinos continuam.

Os horrores da fome em votos, a transformar.

Distribuindo, cestas básicas e outros favores.

Ate óculos oferecem para um voto comprar.

Depois de eleitos, começam a desviar verbas.

Esperando apenas chegar à próxima eleição.

Certos eu novamente na seca vão conseguir

Trocar mais um voto por um pedaço de pão.

O nordestino olha para o céu esperançoso.

Rezando muito, pede a Deus pra chuva cair.

Continuam esperando dos senhores políticos.

A ajuda da emergência que demora pra sair.

E a SECA imponente, com toda a sua fúria.

Continua fazendo o povo nordestino sofrer.

Quem sabe! Até o próximo ano eleitoral.

A seca va embora pra vida poder renascer.