Sou

Sou

Sou da luxuria, a inveja;

Do ódio, o amor;

Sou um Deus, um demônio;

Sou um humano sem valor.

Rastejando em meio a guerras e covardias.

Segredos patéticos, medos, desejos, agonias...

E o meu poder vem de algo sem valor, sou o lixo de quem já amou.

O que sobra da saudade, quando ela se torna raiva.

Sou o que sou;

Tão pouco, sem credo, sem raça, sem cor, infeliz e sozinho.

Vago no escuro e no claro;

No fogo e na água;

Sou apontado e apedrejado.

Sou o que foi e ainda fica;

Sou o que resta, o nada de uma cidade abandonada que já não existe mais...

... Morto e sucumbido na mente de quem me criou.

Dayana Luiza
Enviado por Dayana Luiza em 03/02/2007
Código do texto: T367673