PROLABORE

Não confundas minha vida com um poema

Não pergunte por que o escrevi

Nade

Leia

Não relacione minha vida com um poema

Somente os escrevo

Não me pergunte mais do que estou disposto a desvendar

Se quiser respostas procure em você, procure no vento

O poema não respira, não anda, não beija

Não se veste, não convive, não escova os dentes

Não diz onde vai, não pede benção

Eu sou isso aí, um ser qualquer;

As palavras que escrevo ficam no papel

E possivelmente na mente de alguém (possivelmente)

Te incomoda?

Que bom... quem sabe converso contigo

Versos foram feitos para provocar alguma coisa,

O que provoca em ti

Pode não ser o que quero

Mas quem disse que quero?

Tudo isso será sua interpretação,

O que representa a você,

E nada mais

Ou talvez muito mais.

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Extraído do livro: MÁQUINA DO VENTO, disponível para download na seção e-livros.