Poesia de Bolso 63 ( Do Amor )

Não escrevas sobre o amor

Porque o amor é cego

E de tato analfabeto

Nem fales do amor

Porque palavras ao vento

Prenunciam tempestades

De indecisas bonanças

Para imprevistos recomeços

A linguagem do amor

Não está nos léxicos

É plexo de todas as vertentes

Incluído aí os abismos

De vertigens labirínticas

Não escrevas sobre o amor

Que sendo coisa de pele

Se arrisca ao risco

Da indomável cicatriz

Como giz que não se apaga.

Aldo Guerra
Enviado por Aldo Guerra em 04/02/2007
Código do texto: T369141