Espera

Que a espera não seja tanta

que somente os ossos se manifestem

em uma tardia festa do amor...

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Vem,

que o dorso

que te apoia

guarda,

nas sombras,

o teu pesar.

Não choram,

gritam os sonhos

em tormenta,

sobre o dorso nu,

quando demoras...

Vem,

que a calma

agora

desmaia

de ânsia e vazio

diante da tua ausência,

que tanto fere

esse dorso

que, em dor,

ainda te apoia.

Vem,

pois já não mais

chora o verso

da tua espera,

quando teu corpo

queima,

arde, se incendeia

sobre dorso que teima

te amar,

sem demora.