Confisão!

Solicitei ao silêncio,

Um pouco de paz para chorar,

Sem vergonha de molhar minha face

Deixando transparente a minha frágil

Ropagem...crua, molhada e nua.

Penugem que recobre a imagem,

De um ser sonhador e volátil,

Como esse vento que te beija e acalma.

Acaricia tua alma e foge ligeiro

E forasteiro nos momentos,

Se adapta, se permite,

A viajar pelos mares

De corpos apreciados, amados...

Navego por sonhos tantos,

Que meus olhos se perdem na paisagem...

Sufoquei os gritos, lamentos

Que tentavam escapar-me dos lábios,

Colando um beijo na lembrança

Um ósculo doado ao sonho,

Um sonho chamado esperança...

Mais meu pedido foi ignorado

E o barulho insurdecedor da minha dor,

Ultrapassou as fronteiras do meu peito,

Materializando-se em forma de versos...

Mais ao tempo, confesso,

Foi providêncial minha surdez interna

Pois pude expor ao mundo,

Todas as minhas cores e sabores,

E dizer que apesar das dores,

Sou feita de amores!

Observadora
Enviado por Observadora em 04/02/2007
Reeditado em 05/02/2007
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