Bonfim
De mãos atadas, reinam morte e placidez,
-Sossego que anseio com assaz efusão-
Amor, poesia, escuridão, embriaguez,
São os âmagos do meu lôbrego coração
Aqui, entre estes tristes túmulos, a razão
Esvaece, vai-se com o vento, ou talvez
Ensombra-se nas frias brumas da ilusão
(Almejando algum átimo de lucidez)
Amanhã meu epíteto já não importará
Serei apenas o cadáver de um sonhador
Apenas enlutado estandarte da dor.