Bonfim

De mãos atadas, reinam morte e placidez,

-Sossego que anseio com assaz efusão-

Amor, poesia, escuridão, embriaguez,

São os âmagos do meu lôbrego coração

Aqui, entre estes tristes túmulos, a razão

Esvaece, vai-se com o vento, ou talvez

Ensombra-se nas frias brumas da ilusão

(Almejando algum átimo de lucidez)

Amanhã meu epíteto já não importará

Serei apenas o cadáver de um sonhador

Apenas enlutado estandarte da dor.

Marcéu
Enviado por Marcéu em 05/02/2007
Código do texto: T369866