Meu desejo

Queria não ter esta ardência

Este ódio crescendo nas mãos

meus olhos não vêem sentido

minha força explode na veia.

Enquanto reflito enquietude

meus olhos se fecham de medo.

Daqui em diante sou seco.

Nunca mais uma ilusão.

Sem mais amizades a perder.

Quieto em meu cenho fechado

por não ter como provar o real.

Queria não mais acreditar

mas tudo retorna em solidão.

Meus passos não saem da mente

Meu corpo perece ao se calar.

Meu gesto se perde ao se conter.

Meu desejo morre ao não deixar de ser.

Reis de Oliveira
Enviado por Reis de Oliveira em 04/06/2012
Código do texto: T3706175
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