Coisas Banais.

Daqui a pouco as pessoas vão embora mesmo!

Quem se importa com as pessoas?

Vão embora sabe-se lá pra onde...

Vão indo...

Todos os dias...

Aos montes...

Aos borbotões...

Simplesmente vão indo...

Sem dizer pra onde...

Vão do dia pra noite...

De uma hora pra outra...

Vão sem dizer adeus...

Ou até logo...

Povo sem educação...

Morre em dia de chuva...

Morre no sol quente...

Quando a gente ta doente...

Morre que a gente nem sente...

Vão morrendo sem parar...

Todo dia...

Sem seque dizer adeus...

Povo sem educação...

Vão morrendo...

Correndo e passando o rodo...

Fechando a conta...

Deletando a senha...

Certificando o óbito...

Uns ainda gritam...

Se achando donos da razão...

Mais mortos do que a própria concepção...

Outros, os pios, creditam na religião...

Angustiados...

Clamam perdão...

A Deus e ao diabo...

É triste a constatação...

Quando tudo está perdido...

Quando tudo é em vão...

Quando o que dizem é simplesmente para dizer...

Quando o ‘ego’ pede arrego...

Quando a cruz pede ‘luz...”

Quando dizem adeus...

A solução para os vão...

A solução dos dias vãos...

Dias que se esvoaçam...

Absortos na ilusão...

Até os dias pedem clemência...

E o que quero mesmo?...

O que quero saber das pessoas?...

É o mesmo que quer todo louco...

O mesmo que quer ‘o louco humano que tudo pode, que tudo é pouco!

Logo eu, um ser comum como qualquer outro...

Quase que decomposto...

O que quer o louco?

O que quer o rouco?

Pouco a pouco sanar, saciar...

Satisfazer sua loucura?

Ou, mesmo louco, deixar de ser rouco?

O que quer o louco?

O que quer o rouco?

_O que é isso, camarada?

_ O que é isso, companheiro?

_Por acaso, traição?

_Aqui é a casa da tradição.

_Tu bem sabes disso!

_Aqui o peão, cidadão, como qualquer ser vivo por aí em vão, seja quem for, pia na manivela.

_Aqui a morte é motivo de riso e a vida um rio de tragédias.

_Aqui não cremos e nem descremos, simplesmente vivemos.

_Aqui é um oásis do acaso, onde cada um faz seu discurso e tenta convencer o ‘manipulador’ a respeito de sua arte. Se faz ou não parte do ‘sistema’.

_Hoje temos tudo o que o mais ‘louco’ dos homens pode precisar: saúde, liberdade, paz, amor, desespero e angústia, tudo misturado e bem mexido. Temos o veneno ou o antídoto mais ordinário pra tudo!

No mais, no que tange ao modo de ser, de pensar ou de viver das pessoas, pouco nos interessa! Estamos mais interessados naqueles sórdidos seres que se descabelam em madrugadas vazias buscando as respostas que eles já estão cansados de saber.

E, pensando, vão cumprindo suas funções celestiais, bestas, bestiais..., coisas tais...

A morte é tão corriqueira que deveria ser um improviso de risos e festejos, ao invés de lágrimas, maldições e desesperos.

SAvok OnAitsirk, 6.6.12.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 07/06/2012
Código do texto: T3709999
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