ENTRE A FÉ E O DESESPERO...
Ele chora e ora...
Profana por amor...
Grava em sua própria carne,
Seu nome inteiro.
Há sangue em suas veias,
E ele borbulha, anseia.
Sentado no chão de um banheiro sujo,
Em algum canto esquecido da cidade,
Ele eleva uma prece e uma maldição.
Luta para não sucumbir,
Porém, o poço é muito largo,
Ele não vai conseguir saltá-lo.
Ele está sozinho, porém algúem lhe chama,
Entre sonho e realidade.
Ele a renega.
Ele levanta-se e escreve em letras de sangue
Seu desespero no espelho...
A tortura está no seu modo de viver,
Seus olhos dementes chamam por salvação.
E por descanso.
Sua alma mastigada,
Sua fé perdida,
Garoto sem rumo,
ele pragueja,
E sai para o mundo...