Dualidade

São loucos os dias que passo

achando que posso tudo

vou enchendo a auto-estima

meu ego vem para cima

sou de brava valentia,

sou mulher, sou quase tudo

Outras,estou na mó de baixo

penso que não sou ninguém,

anulo-me quanto baste

em tímida cobardia

Tem dias que sou um anjo,

é o que toda a gente diz.

Pior é se estou zangada,

tem horas em que o demo

parece meu aprendiz

Mas afinal, quem sou eu?

Encarno a dualidade

tenho pureza e maldade

será que isso é ser humano?

Minha alma é um rio calmo

e logo a exaltação

cresce em mim descontrolada,

neste convívio comigo

já nem sei o que pensar,

só sei que não me conheço

nem com o que posso contar

Sou mulher, mas já estou farta,

meu sangue não é de barata

e quando esquenta, lá ferve

depois volto a me acalmar

encarno o anjo, de novo

vou dormir que estou cansada

amanhã, começa tudo outra vez!

Fana
Enviado por Fana em 12/06/2012
Código do texto: T3720452
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