Neste agora
Não tenho de ti o que quero
Não tenho teu olhar terno
disposto, disponível, eterno
a dizer-me - tão sincero! -
'eu te amo, minha amada!'
Falta-me (agora...) o abraço,
como brasa que enternece
que se declara em prece
'o tempo saiu do compasso
e a noite já não está mais calada...'
De ti (agora...) não tenho tua mão
que à minha mão se juntou
e a nós entrelaçou
atiçando o coração
feito criança em sorrisos.
De ti, meu bem, tenho agora
esta maluca saudade
por aqui rodopiando
prometendo o paraíso
e muito me maltratando.