AS DEZ PRAGAS DO EGITO

Grande Fome, pro Egito, faz Jacó

Migrar. Seu filho era vizir de lá.

Mas, seu povo, depois, vira escravo:

Era o dia todo com enxada e pá.

Moisés, por Deus guiado, um dia

Seu povo resgataria, comendo maná,

No deserto, durante 40 anos.

O Deus judeu tinha um plano (diabólico

Aos olhos do faraó): Levar Seu povo

E ainda humilhar, de modo simbólico,

Os deuses do rei empedernido.

O faraó, irado e melancólico,

Acabou por se render ao poder

Do Deus judeu, o único e verdadeiro,

Segundo os dois Testamentos Bíblicos:

O Novo e o Velho (Torá ou Pentateuco).

Faraó não atendia aos apelos

De Moisés e Arão. Deus, muito ligeiro,

Então, cuidou de mostrar Seu poder.

Primeiro com a vara de Arão,

Que virou serpente e que engoliu

As cobras dos magos. De opinião

Não mudou o Faraó. Com uma série

De pragas, veio a libertação.

As pragas do Egito foram estas:

1) Água Vira Sangue. Fica vermelho

O Nilo. Hapi, o deus controlador

Das inundações do rio, foi zombado.

Ele foi adorado com medo e “amor”,

Mas nada fez pro rio não apodrecer.

Uma semana de sede e de calor!

2) A Invasão de Rãs. A Sol consagradas,

Simbolizavam a fertilidade.

A deusa Hekt foi desmoralizada.

Pro Nilo, outra infelicidade.

3) A Invasão de Piolhos. Povo asseado,

Essa praga trouxe calamidade.

Os magos nada puderam fazer,

Nem os sacerdotes seus rituais.

4) A Invasão de Moscas. Belzebu

Afugentavam-nas em tempos normais,

Mas, desta fez, nada pode fazer!

5) Outra praga: Peste nos Animais.

Mortandade geral do gado, agora

Sem a intermediação de Arão.

6) Úlceras e Tumores. Golpe duro

Contra o Deus Tifon. Cinzas, da Mão

De Moisés saídas, contaminou o ar.

7) Saraiva, que destruiu a plantação.

8)Invasão de Gafanhotos, que comeram

A lavoura que sobreviveu à saraiva.

O deuses Isis e Serafis silenciaram.

Alguns egípcios ficaram com raiva.

9) Exceto Gósen, o Egito ficou em Trevas,

Que, no orgulho real, deixou uma gaiva.

É que Rá (o Deus-Sol), o abandonou.

“O Filho do Sol” foi desmoralizado!

10) Morte dos Primogênitos. Esta praga

Não poupou nem o Rei Entronizado.

O faraó, depois de um ano de pestes,

Mandou Moisés embora. E apressado!

Povo singular os judeus. A três êxodos

E dois cativeiros foi submetido.

E nunca perdeu a identidade!

Quatrocentos anos no Egito e setenta

Na Babilônia. Ficou “foragido”

Dois mil anos depois da Diáspora,

Pelo mundo inteiro expandido.

Sujeito a vários êxodos menores.

Em todos os lugares perseguido.

De todos os males, bode expiatório:

Da Peste Negra à Crise Alemã. Tido,

Por ser o “diferente”, por todas as

Gentes, como o supremo inimigo.

Nas mãos de Hitler ou de Torquemada,

Nos campos nazistas de concentração

(Lugar de genocídio e grande suplício)

Ou nos autos-de-fé da Inquisição.

A ONU, devolvendo-lhe o solo pátrio,

Que Roma tomou, fez a reparação.

Pedro Cordeiro
Enviado por Pedro Cordeiro em 13/06/2012
Reeditado em 10/08/2012
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