quisera eu de ti

confusas estrelas

rondam o ceu dos teus olhos

infinitamente negros

definitivamente cegos

de mim

desnorteados ventos

emergem furiosos

por instantes

numa passagem de tempo

fulminante

num vazio

que não havia antes

dissipando nuvens densas

e amargas calmarias

na orgia plena da noite

das tantas e tantas

que eu te queria

quisera eu do sol

um filhete de luz

quisera eu do mar

uma gota

quisera eu de ti

um pensamento apenas

e o som do meu nome

eternizado na tua boca

como são os poemas

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 15/06/2012
Código do texto: T3725784