Medo

O silêncio precede a culpa

Não havia mais o que falar

Dois caminhos sempre se cruzam

E eu sem coragem de me arriscar

Perdido como um barco a deriva

O mesmo vento que o sopra

Não consegue parar-lo

Toquei adiante

Viajei os montes

Por onde jamais imaginei esta

Mesmo perdido

O vento que persegue o fugitivo

Voltou a soprar

O que estava preso por dentro

Rompeu o silêncio

Quero ao menos uma vez me arriscar

O castigo impiedoso

Não era a solidão que enrugava meu rosto

E sim o descaso do seu olhar

Aquele teu sorriso impiedoso

Não era de desgosto

Nem de alegria por ver este rosto

Ele não estava lá!

Vir-me moribundo

Engoli o meu orgulho

E pedi para o vendo voltar a soprar

Ferdinando Tropick
Enviado por Ferdinando Tropick em 22/06/2012
Reeditado em 20/08/2012
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