poema em linha curva

olho e meu olhar

olhando

me ensina a ver

às vezes me distraio e não vejo

o que meus olhos

tocaram

é assim que escrevo

como respiro

como ando

como cago

sem pensar no que faço

sem usar nenhuma formula

sem pegar o dicionário

sem medir meus versos

sem aprisionar meu ritmo

com rimas normas lições universitárias cursos concursos e palestras

mas nesses interneticos tempos

nesses tecnológicos tempos

não duvido que inventem

o computador poeta

o poeta pós-fabricado

o poeta transgênico

o clone do poeta

e a maquina de escrever poesia

pelo que tenho visto por aqui

isto já foi inventado

amigos não percam tempo

patenteiem logo e bem depressa

estas invenções pós-modernas

alias para que a pressa?

como bem disse o poeta

(que inventou a si próprio

sem qualquer faculdade)

"as flores de plástico

não morrem jamais"

viva o poeta eterno

primo-irmão do dracula e do frankstein

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 27/06/2012
Reeditado em 14/11/2013
Código do texto: T3747050
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