eros

na planície da alma

o lobo observa

o voo e as vozes

e caça os detalhes

que deslizam na pele

e desviam na face

obliquamente ao desejo

o lobo observa

-ele próprio um ataque

ele próprio uma arma-

e decide morder a carne

onde a roupa se esconde

e o olhar desguarnece

na planície da alma

ávido e ágil

o lobo observa

e nunca se entrega

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 27/06/2012
Reeditado em 14/11/2013
Código do texto: T3747054
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