Amoral
Não sou adepto do modismo;
Não tomo cola;
Não sou intelectual,
Pois não sou ateu.
Não sou bandido,
Não sou antissocial.
Se ando errado é pelo lado da moral.
Sou sonhador dessa esfera nacional.
Discrimino a morte mental.
Quero os meus filhos com os seus brincando no quintal.
De ditadura já basta essa Democracia letal.
Quero sair na praça;
Quero ficar de graça nos esquinas;
Quero parar no sinal.
Já chega dessa política,
Dessa agressão ser normal.
Se não tivermos respeito;
Se não for de um jeito,
Com toda a certeza,
Haveremos de prevaricar o bem
E reivindicar o mal.
Não é o ouro mais importante que amar o seu igual!...
Não é a flor do seu jardim menos cara que o seu carro digital.
Inventemos logo outra ordem,
Cuja lei não seja viver da morte de um povo;
Cuja voz não seja a opressão do peito,
Onde o amor seja o único fruto proibido.